sábado, 8 de novembro de 2008

Saudades do primata

Sei que está aqui...
Dentro das entranhas civilizadas,
Saudades do primata...
Vigoroso, físico, vital...

Quero sentir...
Ah! Tantos pensamentos!
Eu não quero religião...
Quero sentir Deus no sol...
Quero sentir Deus na lua...

No vento que bate na cara...
Quando parto para a caça,
Quero o meu porrete...
Não o velho Sr. Aurélio!

Não quero palavras novas,
Quero viver...
Correr nas matas...
Quero acasalar...

Quero parar o poema aqui...

E dar meu grito primal!!!

2 comentários:

Fernanda Rodrigues disse...

É engraçado pensar como o homem está cada vez mais se afastando desse primata por usar cada vez mais a cabeça e menos o corpo, e ao mesmo tempo ficando cada vez mais primata por se afastar tanto dos sentimentos.
Paradoxos atuais e incômodos.

:)

André Diaz disse...

É, Fernanda! Acho que está ficando um primata mais sofisticado! Frio como uma máquina...Um macaco-andróide?

Bju!