Numa tentativa vã
tentei enxergar o que havia
entre o vão dos dedos dos pés do tempo,
Pequenos medos
Inibidores de grandes conquistas?
Quando percebi,
O tempo já havia ido
a passos largos,
depois de dar forte chute
nos bagos de minhas ilusões.
O tempo não tem muito tempo o tempo anda muito esgotado não tem tempo pra nada Saudades do tempo em que o tempo não passava e ficava pousado no meu ombro...
Apenas um peregrino...
Perdido na devastação,
Nos bolsos, sonhos de menino...
que vão caindo no sujo chão....
Envolto pela negra capa,
Caminho sem saber para onde...
As vezes, petrificado como estátua,
Procuro por uma luz, lá no horizonte...
Não vejo nada,
Mas a fé me leva adiante...
Neste mundo, eu sei, não farei morada...
Mas procurarei pelo tempo restante...
E já não há muito tempo,
Os sinais são cada vez mais visíveis...
E no verso, vos deixo meu lamento,
Oh, humanidade! Capaz dos atos mais desprezíveis!
Assim eu, homem desgraçado, pelejo comigo e "sou a mim mesmo pesado" (Jo 7,20), pois o espirito aspira às alturas, mas a carne às baixezas.
(Tomás de Kempis) -"Imitação de Cristo"
"Eu sou poeta. É o que me faz interessante." (Maiakovski)
Um comentário:
O tempo não tem muito tempo
o tempo anda muito esgotado
não tem tempo pra nada
Saudades do tempo em que o tempo não passava e ficava pousado no meu ombro...
Postar um comentário