quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Minha Jaula Invisível



Me movo pra lá e pra cá
como animal acuado,
atrás de barras de incompreensão
que me mantém longe de teu coração
que bate assustado,
receoso de velhas palpitações,
de erros do passado,
O dardo tranquilizante da distância
me deixa grogue,
Uma borboleta com uma coroa de fogo
voa longe,
mas me mantenho aqui,
quieto,
Percebo então,
que esta saudade que me consome
é a jaula invisível
que aprisiona a besta-fera,
enquanto a bela foge.

Um comentário:

Renato Varteresian disse...

Muito bom André parabéns!