terça-feira, 12 de junho de 2018
Dominatrix de TPM
O poeta, este peregrino
das solas esfoladas de tanto pisar quimeras,
cacos de vidro, cujo reflexo de uma luz difusa
se faz confundir com sonhos,
que dá voltas, sem nunca chegar,
carrega seu saco cheio de tudo a sua volta,
E dele, tira palavras sangrando
como vísceras de um corpo desmembrado
que grita por Deus e o diabo,
sendo mira de tiro ao alvo
de pistolas de merda,
sacadas de braguilhas cheias de dentes podres
num eterno escárnio,
De repente, o poeta pára,
Já não tem palavras,
Se desfazem uma a uma,
gota a gota, de sua boca,
como chuva dourada
em cima de sua cabeça,
O mundo é uma dominatrix de TPM,
Fazendo suas necessidades em nossas almas.
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