Vejo, com lágrimas nos olhos
que sob os trilhos da esperança
costumam ainda passar todos os dias
os velhos vagões de sempre,
com suas toneladas de ignorância,
O expresso para lugar nenhum,
levando seus passageiros em eterno torpor,
Existem estações sem fim no caminho,
mas porque insistir no erro?
Optar sempre pela mesma plataforma,
perder-se na multidão dos olhos vendados,
pegar a congestionada fila do matadouro dos sentimentos?
Sorrisos maldosos e gestos mecânicos,
membros de tarântula
a compartilharem o veneno num ultimo brinde,
O vento soprou mais forte aqui
me dizendo pra continuar o caminho a pé,
Só, com os pés sangrando,
mas um dia, a estação certa surgirá
como um pôr do sol definitivo,
E os versos do poema
são os rastros de sangue que te deixo, meu amigo.
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
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