A calopsita morreu,
D. Naná ficou triste,
Acordava toda manhã
com a algazarra da pequena ave
que alçava pequenos vôos na sala
pousando nas velhas mãos de D.Naná,
que tricotava,
que tricotava,
E D.Naná voava junto,
nesses pequenos vôos e na tricotagem,
onde tricotava pequenas nuvens
e um pequeno sol
onde brincava a calopsita,
A calopsita morreu,
virou uma coisa seca,
as penas perderam a cor
e ganharam vermes entre suas frestas,
D. Naná procurou um pequeno caixão
para enterrar a calopsita,
Procurou uma daquelas muitas "tapuér" na cozinha,
D.Naná bota os dedinhos finos no peito e grita:
"Quem pegou minhas tapuér"????!!!
Cai fulminada no chão,
e vira também, uma coisa seca
que os vermes vão comer,
Vai! D.Naná!
Vai voar com a calopsita no céu!
Pobre velhinha
Nunca cometeu um só pecado!
Minto.
Ela emprestou as "tapuér"...
Ah..D.Naná...
Isso não se faz!
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