Ai, pobre diabo
este é o meu coração,
um velho triste e tão amargo,
recolhido na mais profunda escuridão
Com os cacos de si mesmo
confeccionou uma coroa de espinhos,
E pelo meu peito saiu a bater a esmo
Como um mártir, indiferente aos externos burburinhos
De um mundo tão brutal
composto de gente tão ignorante,
De uma sociedade tão desigual
Tendo bestas como governantes,
Mas eis que se avizinha
Mais um entre tantos anos novos,
E entre a densa erva daninha
meu coração abre sua janela, cerrada por ferrolhos grossos
E lá ele se depara então,
com uma linda e delicada flor amarela,
E sabem bem, como são essas coisas do coração
Me pintaram no peito, novas esperanças, como a mais vibrante das aquarelas!
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