terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Poesia Mascarada

 


Coitada de minha poesia
ela anda meio assim,
encoberta e em agonia
de que tudo termine, em rima ruim

Poesia mascarada
a se esconder do maldito vírus,
Passando quase despercebida e calada
na época da discórdia e dos tiros

É o vírus da ignorância
querendo matar minha poesia,
que tão esperançosa, já foi na infância
tão acabrunhada, se manifesta hoje em dia

A poesia mascarada
anda com medo de mostrar a face,
que lhe digam que não vale nada
que seus versos tortos, nunca mais me abracem

Mas não posso deixá-la morrer
minha querida e bem amada,
pois no final é você a me socorrer
da realidade tão assombrada

Assombrada por esses fantasmas
de um passado sombrio e tão feio,
O negacionismo é seu ectoplasma
E por seu exorcismo, é que anseio

Então, vou parando por aqui
essa minha poesia mascarada,
até o dia em que as máscaras por fim, venham a cair
e a verdade possa prevalecer, respirando aliviada.


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