terça-feira, 5 de agosto de 2025

Do Putrefato ao Sublime

 

Estar em tua companhia

foi como um despertar da tumba gélida da monotonia,

que tomava conta de meu corpo,

como uma putrefação voraz e imparável,

Você veio como uma alma igual,

perdido e solitária como eu,

à procura do sentido do próximo passo,

Uma eterna indagação a bater no peito,

Já não foi triste o meu domingo,

Apesar de caminharmos quase em silêncio, 

vestidos de preto, num luto persistente

por um mundo dourado que já morreu,

revivido em nossos relatos nostálgicos

como um vínculo a nos envolver,

O qual, registro agora no papel,

Começando no putrefato,

e no sublime, tendo seu ponto final.



André Diaz

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