sábado, 31 de outubro de 2009

A cidade me consome


A cidade me consome,
Me aspira com suas narinas imundas,
Narinas-Esquinas e becos cheios
de perversão e vicio,
Eu a amo e a odeio
Passo roçando seus muros pichados,
Excitado e mergulhado em horror,
Os meninos-cola são parte da paisagem
Sou empurrado aos gritos de "Ó o rapa!"
Fico perdido,
com meu produto pirata na mão,
Sou parte do crime, e finjo olhar a vitrine
Mas no fim, nada disso importa,
A cidade se consumirá em si mesma,
E sou apenas mais um pedaço de tijolo
No turbilhão acimentado!


André Diaz

Nenhum comentário: