Com estupor, reconheço
A Poesia é o que resta!
Não existe o amor para quem o entende!
É vão o esforço da procura!
Todos tão loucos, obcecados pela Beleza!
E ela é um quadro antigo
Cujas cores somem, ao contato de dedos ansiosos!
O ouro é belo, mas é vil
O sangue é derramado e não sobra nada,
Somente uma caveira de sorriso fixo
Quilos e quilos de cal
e náusea!
Onde estão os anjos?
Porque não embalam minh'alma com seu canto?
Haverão só as blasfêmias que os demônios vociferam?
Quero a luz imaterial!
Não a chama futil, perante o ídolo mudo!
Beijo humildemente a mão
De cada espirito antigo, que me compreenda!
sábado, 31 de outubro de 2009
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