sexta-feira, 11 de março de 2011

Peço Perdão Às Flores

Peço perdão às flores,
pisoteadas pelas botas do medo,
Temi as suas cores,
Como se pudessem
expor meus segredos
em cada pétala atrevida,
Como se pudessem
coxixar minhas fraquezas
Sob a ameaça
de um vento mais forte
e chantagista,
Quis esconder-me
no negro das sombras
abaixo do cinza
dos edificios,
Mas o perfume
alcançou minhas narinas
como uma carreira de pó de estrelas,
E fiquei doidão
de paz profunda,
Novamente vi as flores,
Ainda que funebres,
a enfeitarem o
tumulo de minhas lágrimas,
E vibrarem ao
sol de melhores dias
que me aguardam,
Tal bexigas de
aniversário
de meu novo nascimento!


André Diaz

Um comentário:

Caranguejunior disse...

Interessante Poema Andrezão.

Parei pra pensar como as flores são: Esta presente em nossas vidas e em nossas mortes...