quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tênia

Matou seu amor


matou por prazer,

matou, sim senhor

Mas foi sem querer.

...

Foi-se embora

entre trêmulos dedos,

como o genital de fora

Não. Não há mais segredos.



Caminhou entre olhares

cheios de acusação,

Sentiu-a em todos lugares

o que dizer, das palmas das mãos?



Ela tambem quis

Ela pediu por aquilo,

E ele fez, tão feliz

E ela chorou ao senti-lo.



Sentiu o fim que se aproximava

como um cavaleiro sem cabeça,

que em cavalo de fogo galopava

e que a penetrou tão depressa.



Deixando lá dentro o fim

crescendo como câncer no ventre,

E estou aqui, para contar tim-tim por tim-tim

um fim que durará para sempre.



Efêmera fêmea

à se contorcer em êxtase,

como nas tripas, a tênia

que de restos de farto banquete, refestela-se.



E na evacuação

de um tal arrependimento,

Lágrimas serão sempre em vão

como segurar corações de papel no vento.

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