Matou seu amor
matou por prazer,
matou, sim senhor
Mas foi sem querer.
...
Foi-se embora
entre trêmulos dedos,
como o genital de fora
Não. Não há mais segredos.
Caminhou entre olhares
cheios de acusação,
Sentiu-a em todos lugares
o que dizer, das palmas das mãos?
Ela tambem quis
Ela pediu por aquilo,
E ele fez, tão feliz
E ela chorou ao senti-lo.
Sentiu o fim que se aproximava
como um cavaleiro sem cabeça,
que em cavalo de fogo galopava
e que a penetrou tão depressa.
Deixando lá dentro o fim
crescendo como câncer no ventre,
E estou aqui, para contar tim-tim por tim-tim
um fim que durará para sempre.
Efêmera fêmea
à se contorcer em êxtase,
como nas tripas, a tênia
que de restos de farto banquete, refestela-se.
E na evacuação
de um tal arrependimento,
Lágrimas serão sempre em vão
como segurar corações de papel no vento.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
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