
O coração
jorrou como fonte
e os peixinhos dourados da expectativa
morreram no solo seco da realidade,
abrindo e fechando suas bocas sequiosas
se afogando no invisível oxigênio
que mantém em pé
aqueles de natureza diferente,
que com seus pés seguros, robotizados,
vem e pisam nos peixinhos,
O coração bate mais devagar,
Não acelera mais como antes,
O coração também robotiza-se
Apesar dos olhos
que ainda se recusam
a acompanhar o ritmo mecânico
do agora, relógio despertador,
que na hora certa tocará,
acordando enfim, o velho homem
para um nova realidade.
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