
Passo cabisbaixo pela feira aqui da rua. Pensando nas circunstâncias que me levaram ao que sou hoje. "Circunstâncias-Não-Circuncidadas". Assim como o pau encolhido dentro de minha cueca.
Deveria ter cortado fora a pele sobrando de meus dias passados. Mas deixei quieto, o sebo e as bactérias do comodismo, do medo e dessa maldita mania de sonhar acordado, proliferarem. E aqui me encontro, coçando a merda toda que deixei acumular.
Falando em merda, sinto um cheiro forte que me faz acordar de meus devaneios. Estou passando pela barraca dos peixes. E imediatamente recordo daquela fragrância nauseabunda de algum lugar do passado. Tenho uma ereção. Daí podem perceber que tenho uma relação um tanto pitoresca no que tange certos fedores.
Aquela catinga de peixe me trouxe de volta a lembrança da buceta de Raimunda. E aquela imagem da mulher que saiu da Bahia para vir ganhar a vida, fazendo limpeza em casa de família em Sampa, deitada na cama de um hotelzinho na Domingos de Morais, ao lado do Metrô Ana Rosa, com as pernas mal depiladas e os braços estendidos e a buceta cabeluda pingando de desejo, enquanto me dizia:
--- Vem, André! Vem, meu hômi!
Me ajoelhei na beira da cama, e inebriado mergulhei o nariz naquele chafariz do prazer(cafonérrimo, mas vai isso mesmo). A catinga forte entrou rasgando nas narinas, me dando um certo "barato" e fazendo com que meu pau pulsasse e batesse continência na minha barriga proeminente.
Penetrei-a. Fodi-a e babava em sua boca, que urrava como um animal no abate. Suas unhas pintaram listras escarlates em minhas costas e me uni a ela, num coro de urros incoerentes. Comecei a morder seus seios e ela me dava murros, enquanto suas pernas se fechavam ao redor de minha cintura. Pensei rapidamente, num lampejo de lucidez, se não causaríamos a morte um do outro, no limite do desejo voluptuoso. Mas não. Esporrei litros e litros (exagerado) de leite morno e com o pau mole e pingando me arrastei aos seus pés e fiquei chupando os dedos da desfalecida.
Me levantei e peguei sua calcinha do chão e a pus na cabeça. Rapidamente o forte cheiro me deu novo barato e fiquei pulando no quarto, como se fosse um super-herói da fodelança e aquela calcinha fosse minha máscara.
---Sou o Capitão-Caralhão! O vingador das bucetas oprimidas!
---Ôxi...Que tu tá fazendo com minha calcinha na cabeça?? Endoidô, foi?
Paro em frente a barraca de peixes, sorrindo como um paspalho.
--- Vai levar peixe, patrão?
--- Não...Não...Só queria cheirar a catinga...
O peixeiro ri e balança a cabeça. Crente como minha antiga amante, que eu "endoidei".
Um comentário:
kkkk da hora! massa a metáfora e metadentro!
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