
Largo mais uma vez no meio
minha tentativa infrutífera
de escrever um romance,
Só minha ejaculação é precoce
minha literatura demora muito mais a sair,
É sobre um garotão apaixonado pela dona de uma videolocadora pornô,
em troca de um poema de amor
ela lhe diz que tem 5 filhos
e essa estranha tara
de gozar, a cada filho parido,
Cambaleio, bêbado de cachaça,
escorregando no vômito do bêbado de cachaça
naquela hora escura da Rua Aurora,
onde fui colher a linda flor do pântano,
Escoro-me num rodo achado no lixo,
e dele, faço espada de valente guerreiro,
Santo protetor das putas e pederastas,
Não lembro de mais nada,
Apenas de estar olhando
para a pilha de meus livros de poesia
que ainda não consegui vender,
Se um dia, ficar sem teto,
poderei fazer uma fogueira.
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