Debruçado sobre teu Corpo Como Sobre um Livro Aberto
É só sobre sobreviver
é só sobre ti
que posso viver
debruçado sobre teu corpo
como sobre um livro aberto
lendo tuas curvas
o mais belo dos romances
detendo-me no clímax da narrativa
e fincando ali
um ponto de exclamação!
Apenas um peregrino...
Perdido na devastação,
Nos bolsos, sonhos de menino...
que vão caindo no sujo chão....
Envolto pela negra capa,
Caminho sem saber para onde...
As vezes, petrificado como estátua,
Procuro por uma luz, lá no horizonte...
Não vejo nada,
Mas a fé me leva adiante...
Neste mundo, eu sei, não farei morada...
Mas procurarei pelo tempo restante...
E já não há muito tempo,
Os sinais são cada vez mais visíveis...
E no verso, vos deixo meu lamento,
Oh, humanidade! Capaz dos atos mais desprezíveis!
Assim eu, homem desgraçado, pelejo comigo e "sou a mim mesmo pesado" (Jo 7,20), pois o espirito aspira às alturas, mas a carne às baixezas.
(Tomás de Kempis) -"Imitação de Cristo"
"Eu sou poeta. É o que me faz interessante." (Maiakovski)
Nenhum comentário:
Postar um comentário