quinta-feira, 19 de julho de 2018

O Sorriso Podre da Caveira



Olho o homem no espelho,
que me olha de volta,
não temos mais o velho entusiasmo,
o trocamos por velhos cabelos, ralos e brancos,
Pergunto em que momento erramos,
Ele me imita
e rimos um riso alto e sem graça alguma,
O passado é uma estante de livros empoeirada,
conheço as histórias em suas páginas,
os versos em seus poemas já foram mais pungentes,
Agora, apenas jogam luz sobre a face do palhaço triste
cujas lágrimas lavaram um sorriso
que por mais que se quisesse,
nunca passou de pintura
sobre o sorriso podre, da caveira que se anuncia
mais e mais a cada fatídico dia...

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