Minhas fantasias são grades,
Minha mente é a cela
onde me auto-condenei
e trafego, montado neste animal de tetas opulentas
e membro, cuja cabeça de serpente
conta coisas de um paraíso perdido,
cuspindo miasmas e maldições
de forma singela e poética,
O sol ao entardecer
é uma gema de puro sangue,
meus olhos queimam
e as lágrimas que descem
são desilusões líquidas,
Corpos tombam em nome de Deus,
as balas nas metralhadoras
são os dízimos da estupidez, e sua rajada santa
é uma prece de morte e intolerância,
Meu repudio é um gato a se esgueirar nas sombras
e o orgulho materialista do mundo
é o vaso que o gato empurra ao chão
E cada caco é um dente de minha boca
num sorriso de escárnio e melancolia
ante as faces perplexas por suas convicções tão velhas,
Tão frágeis e ridículas.
quinta-feira, 22 de agosto de 2019
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Um comentário:
Excelente. Parabéns.
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