Faltou-me um verso
à declamação,
Desfilou meu poema
manco e trôpego
e ninguém percebeu,
Recebi as palmas, por educação
Mas a joia da metáfora, se perdeu
Me senti medíocre,
Me senti impotente,
Agora, também, na escrita?
Já não me basta, fisicamente?
Guardei o manuscrito imcompleto, no bolso,
Assim, como a face envergonhada, nas sombras,
Do velho entusiasmo, já não existe nem o esboço,
Nem as fantasias e quimeras mais tolas
Não riam! Não façam pouco!
Não era apenas, um simples verso!
É uma tristeza, que me faz gritar até ficar rouco
Foram as asas cortadas de um pássaro
que jamais fará seu regresso!
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