Não era um fio de cabelo,
era uma ruga,
uma dobra no tempo
marcada na pele,
puxando minha boca para baixo
numa carranca demoníaca,
a expressão de todo medo e toda angustia acumulada
por anos e anos de erros e tropeços,
em uma fuga inutil
ao destino, que enfim
me pregou um dos sustos mais angustiantes
nessa manhã de domingo de páscoa,
marcando, não uma ressurreição,
mas a morte, enfim,
de todos os sonhos
ao fim de um calvário de ilusão e estupidez:
"Deus! Quem é esse velho medonho, me encarando no espelho"!?
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