Desejo obsessivo
de romper este vínculo,
esta mentira tão bonita e aceitável,
se curar dela, como se fosse uma doença,
dessas que deixam feridas purulentas,
e que causam ânsia de vômito só a simples visão,
Desejo obsessivo de reparar este erro
como furar um cano, na tentativa de pendurar
um belo quadro na parede,
Uma existência que não te faz satisfaz,
a porra dum canário mudo em gaiola dourada,
Desejo obsessivo
de correr a outros braços
onde encontrar, enfim,
a segurança e rigidez, tão sonhados,
como escada de madeira nobre e corrimão firme,
É preciso correr,
pois o tempo, este é um queniano alucinado e de pernas longas
em prova de São Silvestre!
Corra como louca! Corra!
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