Saio nas noites,
Vazias de luz,
Vazias de afeto,
Vazias de cumplicidade,
Olhos me espreitam,
Olhos vazados, em órbitas cadavéricas,
Braços descarnados me chamam
para seus leitos gélidos e imundos
A bílis me domina,
O mundo anda de cabeça para baixo,
E o pior de tudo
é que não sei se você ainda existe nele,
ou apenas, em minhas recordações,
Então, recolho-as todas, e te recrio em barro,
E te engulo,
Então,
nas noites vazias, eu me encho de você...
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