Meu coração é uma flor
que cresceu em meio a enorme avenida
de teu desprezo, meu amor
Mas ainda mantem-se, cheia de cor e de vida,
Mesmo que sufocada
pelo concreto de tua mesquinhez
Mesmo que com suas pétalas espezinhadas
pelos passos duros de tua estupidez
Deixando-me largado como bosta
no ringue, adversário passivo,
com as luvas de boxe, amarradas às costas
com boca sem dentes, ainda te abro um sorriso
E como um desconhecido e pecaminoso santo
dos flagelados da terceira divisão,
Te deixo uma prece como pranto
e te concedo o meu mais sincero perdão,
E em celestial êxtase, estremeço,
ao deixar em lágrimas e sangue, gravada
O que agora, carinhosamente, te ofereço,
Isto se chama: "A Poesia da Porrada"!
André Diaz
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