O domingo
é um bloco de lembranças
que me pesa,
Lembranças essas
feitas de rostos sorridentes
e gargalhadas embebidas em álcool,
Versos de poesia vaporosa,
mas com seu peso de importância
dado apenas pela caneta do poeta,
que rabisca, teimosa,
uma fuga em linha tortuosa
por entre fileiras de faces brutas como paralelepípedos,
e sorrisos sarcásticos de hiena
a devorarem a esperança do tolo sonhador,
E a linha torta, mas luminosa,
enfim, vai repousar
por trás dos edifícios cinzas,
como um pôr do sol
captado apenas pelo olhar sensível
de quem ainda acredita
que amanhã, haverá de ser
no melhor sentido da palavra,
Um novo dia.
André Diaz
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