quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Poeta Pet

 

Se joga no chão!

Se finge de morto!

Sou poeta pet, lato rimas como cão,

Neste fim de domingo, penso nisso, absorto,


Não! Não espero mais nada!

Se um dia, já pensei nas glórias da poesia,

Até me tocar, que ser poeta é ser motivo de piada,

Talvez, pelo nível alcóolico, não me apercebia,


Ou talvez, fingisse para mim mesmo

Que com meus versinhos, chegasse a ser o tal,

até ser enganado, com um pedaço de torresmo,

Para que fosse latir minhas pobres rimas no fundo do quintal!


Nem o perfume das belas rosas

conseguem disfarçar o chorume das más intenções,

Nem mesmo, a localização mais famosa

emoldura com respeito, minhas chorosas lamentações,


Escrevo isto, enquanto espero o busão,

Enfim, porque não espero mais nada,

Sou apenas mais um peão sofrendo por antecipação,

por mais uma segunda feira, de cara amarrada!



André Diaz

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