Esperando por algo que não virá,
porque já se foi a muito tempo,
mas a intempérie dos sentimentos não dá trégua,
ensopa-me os sapatos e as meias
dificultando-me novos passos,
próximo à avenida
que tantas recordações me traz,
te imagino a salvo, e a seco
com o amor de tua vida,
e quem sabe, herdeiros
dessa natureza tão perfeita,
Vendo no noticiário, a grande chuva
a castigar a cidade que nunca para,
como teu sorriso que não para de me assombrar,
sem ao menos pensar, que eu talvez esteja lá, encharcado,
e com lágrimas a passarem despercebidas
sob as lágrimas dos anjos,
a chorarem incessantemente por nós,
os pecadores.
André Diaz
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