segunda-feira, 23 de junho de 2025

No Vácuo da Decepção

 

Deixou-me uma vez mais

a ver navios nesse mar interminável,

feito de lágrimas carregadas de sais

do amargor de ser uma companhia dispensável


Caminhei mais uma vez

pela avenida cheia de desilusão,

fingindo uma falsa altivez

de cabeça erguida, mas de alma jogada ao chão


Encaminhei-me ao destino final

Fechar a noite, a embebedar-me

anotando em versos, essa tristeza mortal

e com belas rimas, dar ao patético, algum charme


Tentar transformar em arte

essa existência sem razão,

dando alguma graça à esse coração que se parte

No vácuo da decepção!


André Diaz



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