Deixou-me uma vez mais
a ver navios nesse mar interminável,
feito de lágrimas carregadas de sais
do amargor de ser uma companhia dispensável
Caminhei mais uma vez
pela avenida cheia de desilusão,
fingindo uma falsa altivez
de cabeça erguida, mas de alma jogada ao chão
Encaminhei-me ao destino final
Fechar a noite, a embebedar-me
anotando em versos, essa tristeza mortal
e com belas rimas, dar ao patético, algum charme
Tentar transformar em arte
essa existência sem razão,
dando alguma graça à esse coração que se parte
No vácuo da decepção!
André Diaz
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