segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Essência Envenenada

Achei meu coração
enterrado no cemitério dos velhos sonhos,
Já não batia como antes
Mal podia reconhecê-lo
Cada fraca palpitação
era um código morse
que já não me dizia nada
os anos 2000 não são coloridos
como o desenho dos Jetsons,
A revolução industrial
mastigou com seus dentes metálicos
cada vestígio da frágil semente,
Bolhas esverdeadas de sabão
estouram todos os dias,
O indio mata para comprar droga,
Enterro de volta, o meu coração
Quem sabe,
Quem sabe um dia
o desenterre para um transplante,
Esta troca tão sonhada
da inocente essência envenenada.

Um comentário:

Caranguejunior disse...

O bicho ta pegando, meu irmão... vários corações estão enterrados.


Abrax!