Cabisbaixo
andava
debaixo do céu cinza,
chutou algo que rolou
até a sarjeta.
Limpou as camadas de lama
das pontas,
enfiou no bolso,
foi pra casa.
Lavou,
começou a brilhar.
Sorrindo
correu até o quarto
pendurou em cima da cama
e ficou olhando
o brilho das pontas
E o brilho foi aumentando, até se tornarem braços
que embalaram seus sonhos,
Eram os braços da pessoa amada
perdida num tempo longínquo,
personificada agora,
numa simples estrela
de papelão dourado.
Um comentário:
Massa Andrezão!
Abrax!
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