segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O Espelho



Vestido e mochila
Lhe caem tão bem,
Penso, ante a deslumbrante visão que respira
e até a fragrância dos longos cabelos me vem

Toco no espelho
ansiando por sua beleza e juventude
me recolho na poltrona, velho
ruminando antigos sonhos em sombrio ataúde

Não temo atravessar o vidro,
me retalharia de muito bom gosto,
mas a idolatria apenas da imagem, nisto não há sentido
feliz seria de tocar com os lábios, seu divino rosto.

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