domingo, 13 de março de 2016
A Glória do Gole Gelado
O suor, como calda de chocolate salgada, pinga no balcão, enquanto espero. O Zé surge, iluminado não por uma luz celestial, mas pela lâmpada fraca, testemunha de minha batalha diária. Do outro lado, recebo um sorriso sem dentes, como se zombasse de minha espera.
Finalmente a garrafa gelada surge, a boca seca recebe o primeiro gole, levanto a cabeça e correspondo ao sorriso desdentado.
Só os bêbados compreendem a glória do do gole gelado no fim do dia.
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