
Mais um ano se esvai
das veias retalhadas da juventude,
A navalha enferrujada do tempo vai fundo,
Rugas são cicatrizes,
as articulações rangem
sob o peso das desilusões,
Devo estancar o que ainda resta de positivo,
A arte é o torniquete
que mantém ainda, aqui dentro,
aquele velho dom de olhar para o céu
mesmo em meio à uma tempestade interna,
e enxergar as mais bobas e sutis
formas nas nuvens.
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