Tua voz tem frios braços
que me embalam,
acalmando-me dos tormentos,
dos dias repletos de ignomínia
e almas mesquinhas a penarem cotidianamente,
Tua voz me embala
contando-me histórias do oculto
e do silêncio dos que já se foram,
Descanso em paz, enfim,
nos braços de cada sílaba
de tua tétrica poesia,
Oh noite! Dama da escuridão!
Não te cales
diante de minha afeição,
Derrama tuas palavras
como o vento sussurrante e sombrio
em cima deste peito petrificado
e faz florecer uma rosa de devoção
na lápide fria
que é este aquebrantado coração!
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