Te procurei em nosso velho esconderijo
Pena que as sujas paredes não falam,
Permaneceram mudas neste silêncio em que habito,
e nas malditas lágrimas que desaguam
Toco trêmulo suas paredes frias
cheias de riscos e pichações,
como se fossem as tatuagens em suas pernas esguias
e em tua pele quente de palpitações
Volto a subir a avenida da desesperança
carregando o peso dessa sufocante saudade,
como o corpo fantasmagórico de uma criança
que é este sentimento pungente que nasceu de tua maldade
Que foi o primeiro sorriso que você me deu
ao falar da saudosa musica dos Smiths, dos anos oitenta,
e o equívoco certamente, acho que alí nasceu
um amor que até hoje, meu peito arrebenta
Te deixo estas tortuosas linhas
sem gozo e sem o menor prazer,
reminiscências de um velho que definha
sem nunca de fato, "biblicamente" te conhecer...
André Diaz
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