domingo, 7 de julho de 2024

A Solidão da Lombriga

 

Chega. Estou cansado de tudo.

Necessito de um abrigo amigo,

Sem guerra. Sem espada. Só escudo,

Será que posso me abrir contigo?


Dando murro em ponta de faca

Quase a me desculpar por ser eu mesmo,

Chega dessa existência ingrata,

Em meio à um banquete vegano, sinto-me torresmo


O argumento do ignorante

sempre será a agressão,

E mesmo sabendo que é tão insignificante

às vezes, sou atacado de profunda depressão


Tentando argumentar

Apenas jogo pérolas à este porco,

Em meio à bosta, procuro meu lugar

Mas, como lombriga, sei que serei expelido daqui a pouco


André Diaz

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