O refúgio das boas sensações
onde afinal, estará?
Na fuga espiritual das religiões
ou nesta cerveja, a me embriagar?
Procuro nas imagens sensuais
nestes blocos de carne, a me agarrar,
Mas pareço ouvir o o corvo de Poe, à grasnar: "Jamais"!
E às vezes, sinto a mim mesmo, enganar!
Corro uma corrida improvável
a um beco sem saída,
e me farto, deste alimento intragável
que é a triste constatação do que é a vida!
Andar eternamente, em círculos,
como uma imunda barata tonta,
Sempre à volta do mesmo imundo umbigo,
e hipocritamente, a solidão me revolta
E o que me resta, afinal,
é o registro dessa tola existência,
Um trôpego equilíbrio entre o bem e o mal,
entre o destrutivo ódio, e a patética carência.
André Diaz
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