segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ser Ou Não Ser Ridículo?

    Imagine um grupo de poetas num local escuro. Recitando poemas? Não! Tirando a roupa! Sacanagem? Não! O momento é sagrado. Há uma magia no ar!
    A magia da Arte! Quatro marmanjos posando para fotos, usando apenas fraldões! Ah! Um deles usava meias! Eu estava entre eles, sem pensar em momento algum, qual o sentido daquilo.
    Eu estava rindo! Por que pensar no sentido da alegria? Vivemos num mundo em que se mata o próximo, até em nome de Deus! Ah, meus amigos! Isso sim, não tem sentido! Vesti o meu fraldão extra-grande, e dei uma banana para o horror e toda a merda que me cercava!
   Me soltei! Sem medo de ser ridículo! Pensando mais seriamente no fato, acho que agi de modo ridículo, de verdade, todos os anos que se passaram lá atrás.
   Tudo perda de tempo. Minha amiga disse que deveria escolher entre ser artista, e arrumar namorada, depois que o mundo me visse daquela maneira ridícula.
   Pensei na minha solidão que atravessa os anos, e vi que não houve vantagem alguma, em ser um cara sério. Me diverti mais nesses rápidos momentos de "infantilização", do que em todos os momenstos juntos, ao lado de mulheres sem um pingo de sensibilidade para ver a sorte que tinham em ter um artista ao seu lado. É aquela coisa, artista é bom quando é sinônimo de grana. Estou me achando grande coisa? Sim, estou achando mesmo!
   E é assim, que seremos de fato, felizes!
   Fazendo o que gostamos, mesmo parecendo ridículos! Vivemos em função do que o outro vai pensar.     Criamos uma casca de falsidade, e quando nosso "eu" verdadiro decidir se soltar, talvez seja tarde demais.
 Eu não tirei minhas roupas e coloquei um fraldão, simplesmente para aparecer. Não, meus amigos. Tirei a casca da mentira, para tentar ser feliz.
   Se escrevo essas linhas, com a velha melancolia marcando meus traços, é porque não me iludo. Como diz a canção de Odair José: "Felicidade não existe...O que existe são momentos felizes". Por mais ridículos que pareçam.

Um comentário:

Caranguejunior disse...

Ser um ser ridiculo é a coisa mais legal do mundo, ainda mais com esse grupo de poetas amigos. Serei ridiculo até o ponto final...