Tentei te amar humanidade,
Tentei me adaptar as suas regras,
Tentei ser uma peça que se encaixasse,
Procurei sua aprovação,
Uma criança que desejava ser o orgulho do pai,
Enterrar toda a sensibilidade num buraco fundo
e ressurgir como a porra do filho perfeito,
com diploma na mão e "DR" antes do nome,
Caralho, eu tentei,
Será que fui fraco
ou será que fui eu?
Agora te vejo, humanidade,
cair feito moscas,
sabe aquelas moscas que voam cheias de si
e ninguém consegue pegar?
E um dia aparecem lerdas, morrendo
num canto da janela?
É. Hoje é assim,
Seu passado é arma apontada
para sua têmpora,
Sua consciência é o estrondo da bala,
O silêncio é minha prece,
tentarei chorar,
e assim tentar recuperar
minha própria humanidade.
terça-feira, 2 de junho de 2020
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