O caos das ruas
é filho da solidão,
que me atravessa a alma todos os dias
como faca cega,
sorrio e cumprimento o vizinho,
ele não pode ouvir o meu grito silencioso
e volta a se entregar a sua própria confusão interior,
enfim, chego em casa,
Ela levanta a cabeça branca de algodão,
estende seus braços cansados
e o berro que ecoa em meu peito, silencia,
e a balburdia de aço e concreto
dá lugar ao perfume e a paz
desse sublime abrigo chamado abraço de mãe.
terça-feira, 2 de junho de 2020
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